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#Tbt dos dias em Berlim

  • Foto do escritor: Be.Art
    Be.Art
  • 16 de fev. de 2020
  • 5 min de leitura

Seguindo a linha de #tbt de textos que fizeram parte da minha vida, quero compartilhar aqui a reflexão feita por mim depois de uma viagem transformadora que a dança me proporcionou.

A vida é mesmo uma caixinha de surpresas, e a gente nunca sabe o que está por vir. Em meados de 2017 eu jamais imaginaria que teria a grandiosa oportunidade de dançar na capital alemã. Foram dias incríveis, vividos intensamente. Que delicia recordar! E nessa semana que completamos 2 anos dessa aventura, trouxe aqui pro


Be.Art um pouquinho do que vivi lá. O texto foi postado em minhas redes sociais 07 dias depois que retornei ao Brasil. Ficou curioso? Desse a tela e confere!



"Há exatos 7 dias, voltei pro Brasil ainda meio embriagada por tudo que vivenciei em 12 dias na Alemanha. Precisei desse tempo pra absorver, entender, e agradecer não só a espiritualidade mas a cada pessoa de bem, que de alguma maneira colaborou pra que tudo acontecesse da maneira que aconteceu. Vivenciar tudo isso, não tem preço. É um presente, um tesouro, é um espaço pra “se” despertar, conhecer pra transformar. É pra recarregar nossas energias, nossas ambições, nossa fé. Agora vamos falar um pouquinho mais do decorrer dessa estadia em terras alemãs. Embarcamos no domingo ainda sem acreditar que havia chegado o tão esperado dia. Foi uma viagem tranquila, e conforme o avião subia, vimos nossos sonhos, nossas expectativas e desejos borboletearem dentro de nós. A parada em Frankfurt foi curta, e logo já estávamos a caminho de Berlim. Malas em mão, bem agasalhados, sorriso no rosto, é hora de ir pro hotel. Alexanderplatz (praça onde estávamos hospedados) ficou pequena pra tanta alegria de estar vivenciando tudo isso. O dia que seguiu foi pra conhecer os arredores de Berlim, e um pouco mais dos pontos turísticos e da história que envolvem a cidade, e a noite pudemos receber e conhecer mais de amigos de outras cidades do Brasil, e marcar presença em um restaurante alemão, daquele jeitinho só nosso. A partir do dia 14, começou o trabalho, foi dia de aquecer as turbinas e levar para as salas e palco essa arte incrível que nos move, e acima de tudo nos promove. Afinal estar ali, foi um fruto de tanta dedicação naquilo que acreditamos, na dança! Conhecemos o StaatsBallet de Berlim, conhecemos palcos incríveis, salas, professores, conhecemos pessoas que sonham e que se dedicam tanto ou até mais do que a gente. Conhecemos, observamos, vivenciamos, e a partir daquele dia eu entendi que o maior prêmio era estar ali, vivendo toda essa experiência, ao lado de amigos tão queridos. Vimos 5 minutos de neve, que já foram o suficiente pra muita festa, “Let It Go” e instastories. Passados dois dias, chegou o dia de dançar, e o coração estava em paz, e acima de tudo repleto por poder levar pra cena essa história de amor que toca tantos corações, assim como o meu! Passaram algumas horas de espera, e a meia noite estávamos em cena, curtindo cada segundo desse tão esperado momento. Foi conectado, foi sentido, foi de coração... e mesmo com a plateia quase vazia, contamos nossa história e alcançamos outros corações que ali estavam presentes. Foi um dia especial! Passado nosso dia de apresentação, iniciaram aulas e mais aulas, com professores sensacionais, pianista e alunos do mundo todo. Tivemos o privilégio de assistir a Don Quixote, estrelado por Iana Salenko e o lindo elenco da StaatsBallet. Teve mudança pro hostel, teve mil e um aventuras por Berlim com três “cabo frienses” que ja estavam tão “locais” quanto eu (entendedores entenderão!), teve rolê de bondinho, trem, ônibus e metrô. Tiveram fotos turistando, fotos espontâneas, mas o mais importante era o que o coração estava registrando de todos esses dias. Berlim me trouxe uma vontade enorme de querer conhecer cada esquina, de querer observar, de querer absorver cada costume, cada postura, cada hábito. Escolhi por dormir menos (decisão essa que me faz acordar de madrugada aqui até hoje hehe 😅) mas a cada manhãzinha era um sorriso sincero, melecado por manteiga de cacau e encapotado por lenços, tocas e luvas, por estar andando, e aproveitando cada detalhe da cidade. Eis que chegou o dia da grande gala, dos resultados. E nós estávamos lá, sentados na plateia quando Maluzinha foi anunciada, terceiro lugar. Que orgulho, e que delicia estar perto nesse momento. Chega o frio na barriga, será que estaremos entre os três colocados? Os nomes foram chamados, mas o nosso não estava entre eles. Aquele respiro fundo e leve, a medalha não voltou comigo pra casa, mas o meu maior prêmio eu já tinha conquistado, e ele não dá pra ser pesado, despachado, ou comprado. Ainda bem que não, pois seria excesso de bagagem, na certa! Não conquistamos premiação, mas meu coração esteve em paz em cada segundo, nossa missão foi mais do que cumprida! Os dois dias que seguiram foram intensos, era hora de realmente se permitir turistar, de aos poucos de despedir de cada canto dessa cidade que me despertou tantos sentimentos, tantas emoções, que foi cenário pra tantas histórias e aventuras. E como toda boa narração, chega o momento de dar aquele último olhar, e ver o quanto valeu a pena! E eu só queria aproveitar cada última experiência, e guardar toda essa emoção que me esquentava por dentro e transbordava com sorrisos e aquele olhar de quem sabe até breve! Era hora de voltar pra casa! Me lembro que poucos dias antes de embarcar, meu irmão me disse “você sabe que aquela Bia que entrar no avião, não volta mais né?”, e hoje eu vejo que essa Bia realmente ficou voando, ou quem sabe em algum lugar por onde passei em Berlim. E a cada parte de mim que descobri, encontrei, e despertei a cada dia na capital Alemã, vinha acompanhada de um muito obrigada! A cada família, amigos ou amigos de amigos que se juntou a mim e que tornou tudo isso possível!

Foi o primeiro carimbo no passaporte, e eu só posso torcer pra que os próximos venham no tempo certo. E que eu esteja tão aberta pra embarcar, memorizar, eternizar... momentos especiais, pessoas, lugares, histórias! Fica meu muito obrigada a cada um que abraçou esse #ProjetoBerlim, e fez todo o possível para que ele se tornasse realidade. Aos meus amigos e familiares pela torcida, e pela energia maravilhosa! A minha família, pelo apoio, por não medirem esforços e embarcarem de coração comigo em cada sonho. A Carlla Bublitz, toda família BVB, e as meninas de Cabo Frio por terem nos acolhido com tanto carinho. A Malu Loberto e Leonardo Inacio por compartilharem esse sonho comigo. Sirley Arthur por me acolher com todas as loucuras, manias e desabafos. E acima de tudo ao querido Marco Sanches, por oportunizar tudo isso. Obrigada por cada palavra, cada olhar, cada ensinamento... por acreditar na arte, na dança e por transforme tantas vidas, como a minha! Aquele último obrigada, dedico a galerê do lado de lá... que estão sempre comigo, com aquele amparo, proteção, e acima de tudo muita luz! Só a agradecer, valeu Berlim! ❤️🇩🇪 " #DankeBerlim #BerlinFeelings

 
 
 

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