Meio cento de palavras no pensamento...

Pra quem tem sempre mil e uma atividades, trabalhos e uma rotina daquelas que só faz a gente estar em casa “da meia noite às seis“ como eu, esse período de quarentena que estamos passando faz a gente parar, respirar e entender que tudo nessa vida pode ser sempre visto como aprendizado ou como fardo. Só depende de nós mesmos e da maneira como a gente está disposto a olhar a vida.

E esse ”tempo” tem me feito a enxergar e a valorizar momentos ou coisas que antes passavam batidas. Eu confesso que nunca me vi tão “em casa” quanto agora, no sentido de procurar dentro da gente respostas, sentidos e sentimentos que na correria acabam esquecidos.

E no meio desses pensamentos, uni um meio cento de palavras, terminadas em ”ento”, numa reflexão sobre esse período tão intenso pra gente e pro nosso mundão.

Espero que gostem!

“Depoimento:

A vida é sobre tempo, discernimento.

E vez ou outra o surgimento do turbulento gera seguimento: se faz lamento ou alimento.

Sobre esse momento, isolamento.

Pensamento...

De início agitamento,

Mas a falta de povoamento tem gerado tanto acolhimento, que faz desse “tormento”, crescimento.

E atento o olho enxerga dentro, é nascimento daquilo que é fundamento.

O invento é aumento do aposento: e os talentos se tornaram evento, alongamento, entretenimento.

Acrescento! O lar agora é monumento, e o maior movimento é o despertar que as vezes pode ser lento, mas é elemento.

O elevamento é descobrir que o verdadeiro divertimento está em se ter menos argumento e mais sentimento!

E cada dia será menos cinzento, e o vento vai soprar mais leve quando a gente entender que esse “confinamento” é instrumento para transformar o sofrimento em acalento pro coração.

E o conhecimento mostra que a gente só precisa estar um pouco aberto pra entender que as verdadeiras transformações precisam de fechamento (de ciclos, ideias, vícios), treinamento (pra adaptar-se ao novo) e tempo.

É assim mesmo, como é pra ler essa combinação de palavras em ento.

É meio tenso, e se a gente não tá atento, nem faz sentido.

Mas se a gente tá disposto, pode ser intenso!”